sábado, novembro 23, 2013

Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Gandarela

A Delegação de Gandarela da Cruz Vermelha Portuguesa foi fundada no dia 12 de dezembro de 1987. Era um anseio da população das freguesias de Basto S. Clemente, Ribas, Vale de Bouro e Rego possuírem uma entidade credível que desse resposta na área do transporte e apoio a doentes.
Com um trabalho notável na zona territorial das freguesias que abarca, ao longo destes vinte e seis anos de existência, este brilhante percurso resulta do abnegado esforço dos seus fundadores e ao voluntarismo dos seus corpos diretivos.
A Câmara Municipal de Celorico de Basto atribuiu a Medalha de Mérito – Grau Ouro à Delegação de Gandarela da Cruz Vermelha Portuguesa, em cerimónia realizada em 10 de agosto de 2008, dada a grande nobreza do seu lema, no socorro a todos aqueles que precisam nos momentos difíceis e inesperados.
O seu corpo ativo conta com o apoio de cerca de cinquenta voluntários, todos com curso de socorrismo, o que lhes confere capacidade e conhecimentos para atuar com rapidez e eficácia nos primeiros socorros em situações de emergência.
Desde o início estão instalados num edifício com condições precárias e que efetivamente não reúne as condições mínimas e necessárias para desenvolver e acolher todos os serviços.
Por isso, a atual Direção já apresentou uma candidatura para comparticipação do projeto das futuras instalações. O presidente da Direção, Luís Sousa considera que “é uma obra bastante urgente, porque temos a consciência que prestamos um bom serviço mas não temos um espaço físico adequado”.
Chegou o momento de concretizar este sonho, com a construção de instalações dignas e funcionais que permitam aos voluntários da Cruz Vermelha de Gandarela exercer a sua nobre missão.
Apelamos à população que responda com generosidade, como é peculiar das gentes de Celorico de Basto, para que a Delegação de Gandarela da Cruz Vermelha leve em frente este projeto de grande envergadura e importância para o seu futuro.
Como dizia o poeta e escritor português Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.










domingo, outubro 06, 2013

B.V.C. - Obrigado Soldados da Paz!

Os incêndios florestais repetem-se em cada Verão, e ano após ano assistimos ao mesmo ciclo de imagens do inferno, que destroem uma das nossas maiores riquezas e ceifam vidas dos homens que combatem as chamas.
É comum ouvirmos que este brutal surto de incêndios dos últimos anos tem origem muitas vezes em ações e práticas criminosas. Isto é verdade, estão por aí à solta inúmeros pirómanos, que por impulsos de vária ordem lançam fogo por prazer patológico.
Claro que não é esta a única causa que explica o desastre que anualmente se abate sobre a floresta. É evidente que os montes não ardem só pela mão do crime. A falta de prevenção; o abandono daqueles que viviam da terra, pastores, agricultores, trabalhadores rurais; a ausência de um programa de manutenção das matas públicas; o abandono dos baldios e dos nossos montes, transformaram o território rural num potencial de combustão que deflagra ao mínimo rastilho, neste dias de forte calor e de baixa humidade.
Só será possível debelar esta calamidade com uma efetiva ação de prevenção de incêndios, que devem envolver várias entidades, nomeadamente o exército, tal como já aconteceu este ano no nosso concelho, colocação de vigilantes da natureza em pontos estratégicos, uma limpeza sistemática das matas e a concretização de um cadastro florestal.
Celorico de Basto possui uma extensa área florestal, e por isso, foi uma das zonas do distrito de Braga mais afectada pelos fogos.
Nestes dias de Verão viveram-se momentos de pânico, com populações a perderem alguns dos seus bens, dada a proporção dos incêndios que não têm dado tréguas aos bombeiros voluntários.
Várias vezes tivemos que chamar outras corporações para ajudar a combater os fogos florestais.
A verdade é que, entretanto, infelizmente já morreram nove bombeiros em serviço voluntário, que acabaram ceifados prematuramente a defender os nossos bens.
Não posso deixar de prestar a minha homenagem a todos os bombeiros vítimas dos incêndios e de uma forma geral, dado que também fui bombeiro sem farda durante dezoito anos na A.H.B.V.Celoricenses, agradecer e incentivar todos os soldados da paz a continuarem a prestar os seus serviços, de forma abnegada e voluntária, a toda a comunidade celoricense.
Como disse alguém os bombeiros são “heróis em cenários de inferno”.


Bombeiro Ferido

Tiago Manuel Marinho Carvalho, 29 anos, engenheiro civil, casado tem um filho.
Oficial Bombeiro de 2ª, ingressou nos B.V.C. com dezasseis anos.
Conhecido pelo enorme voluntarismo, mas também pelo seu rigor e prudência na abordagem às ocorrências.
No dia 13 de agosto de 2013 o bombeiro Tiago Carvalho ficou gravemente ferido, quando participava no combate ao fogo que lavrava no lugar do Castelo, concelho de Celorico de Basto.
O autotanque estava parado num local com muito declive, mas por volta das 23 horas destravou-se e deslizou cerca de 50 metros passando uma roda por cima do bombeiro.
Apesar da gravidade o jovem bombeiro está em franca recuperação.












sábado, setembro 07, 2013

Festas de Nª Sª de Cima em Borba da Montanha

Não se sabe ao certo em que ano começaram as Festas de Nossa Senhora de Cima, na freguesia de Borba da Montanha em Celorico de Basto. No entanto, a denominação de “Senhora de Cima”, advém da Assunção da Virgem Maria, informalmente conhecida por Assunção, celebrada a 15 de Agosto. 
Segundo os dados biográficos, revelados nos Evangelhos, tratava-se de uma jovem donzela virgem quando concebeu Jesus. 
Foi o arcanjo Gabriel quem anunciou que seria Maria a mãe do Filho de Deus: “ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus…O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.”
O dogma da Assunção aos Céus refere-se a que a Mãe de Deus, no fim da sua vida terrena foi “assumpta”, isto é, elevada em corpo e alma à glória celestial. Pela tradição cristã foram os arcanjos Gabriel e Miguel que A levaram ao céu. Deus queria conservar a integridade do corpo daquela que gerou o seu Filho.
Este dogma foi proclamado, solenemente no dia 1 de Novembro de 1950, pelo Papa Pio XII. Pela importância da Sua missão, como Mãe de Jesus, Maria não só foi proclamada Rainha do céu, quando levada para viver ao lado de Deus, mas também proclamada Mãe da Igreja.
A solenidade da Assunção da Virgem Maria existe desde os primórdios do catolicismo.
Atualmente, as festividades recordam como a Mãe de Jesus Cristo recebeu a recompensa das suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes.
Maria Santíssima pela sua gloriosa Assunção é considerada pela Igreja Católica a Rainha de todos os Santos.
Das memórias dos últimos cinquenta anos, sabe-se que esta festa era realizada esporadicamente por grupos de emigrantes, que dedicavam à Senhora de Cima como forma de agradecerem o seu sucesso e concretização profissional e pessoal, longe da sua terra natal. 
Nos últimos oito anos, as festas de Nossa Senhora de Cima, têm sido realizadas anualmente, com a ajuda de uma comissão festa criada com esse intuito e que tem feito esforços por manter as tradições. 
Um dos pontos altos desta festa, é a grandiosa procissão, composta por vários andores e figurados, mas também, um “Carro Triunfante” onde várias crianças entoam o hino à Senhora de Cima, e a “Dança do Rei David” também conhecida pela dança do rei mouro. Este é um elemento mais pagão da procissão e retrata uma recordação deixada pelos Mouros na região do Baixo Minho. Esta dança é feita normalmente por crianças vestidas com trajes de proveniência guerreira e executam passos acertados ao som de música supostamente de índole árabe. O nome Dança do Rei David, de acordo com algumas pesquisas, está supostamente associado à popularidade dos temas bíblicos e teológicos, muito divulgados em Portugal nos finais do séc. XV. Apesar do rei mouro ter sido transformado no patriarca bíblico David, esta dança continua, no entanto, a ser considerada pagã, daí, ser uma tradição que se tem vindo a perder.























quinta-feira, agosto 15, 2013

Festas de Nª Sª da Saúde em Britelo

As festas de Nossa Senhora da Saúde, na freguesia de Britelo em Celorico de Basto, ocorreram nos dias 13, 14 e 15 de agosto de 2013.
Já não eram realizadas desde o ano de 1950, pelo que foi com grande alegria que a população de Britelo aderiu a estas luzidias festividades junto da sua capela, recentemente remodelada.
No dia 15 de agosto, feriado nacional, decorreu uma Missa Campal também associada ao 87º aniversário dos Bombeiros Voluntários Celoricenses e celebrada pelo capelão desta corporação, Pe. José Carlos. 
Recorde-se que o ponto alto das festas é a Procissão em Honra de Nossa Senhora da Saúde, durante a qual as pessoas manifestam a sua satisfação pelas graças concedidas.
O culto a Nossa Senhora da Saúde é muito importante em toda a região de Basto que culmina com a procissão em agradecimento e proteção à Virgem, tradição que agora se restabelece, após sessenta e três anos de interregno.

A Capela de Nossa Senhora da Saúde está situada no Bairro com o mesmo nome, um local que antigamente pertencera à Casa do Prado, na vila de Celorico de Basto.
Esta capela terá sido construída provavelmente no início do século XVIII, dado que já é referida nas Memórias Paroquiais de 1758.
Trata-se de uma das mais belas capelas do concelho de Celorico de Basto, com grande interesse arquitetónico e com um interior excecionalmente decorado.



Oração a Nossa Senhora da Saúde

Virgem puríssima, 
que sois a Saúde dos enfermos, 
o Refúgio dos pecadores, 
a Consoladora dos aflitos 
e a Despenseira 
de todas as graças, 
na minha fraqueza 
e no meu desânimo 
apelo, hoje, 
para os tesouros 
da vossa misericórdia e bondade 
e atrevo-me a chamar-vos 
pelo doce nome de Mãe. 
Sim, ó Mãe, atendei-me 
em minha enfermidade,
dai-me a saúde do corpo 
para que possa cumprir 
os meus deveres 
com ânimo e alegria, 
e com a mesma disposição 
sirva o vosso Filho Jesus 
e agradeça a vós, 
Saúde dos enfermos. 
Nossa Senhora da Saúde, 
rogai por nós. Amen.








domingo, julho 07, 2013

Frei Bernardo - Um Santo


Não chorem; eu vou para o céu... 
Jesus! Jesus! Eu sou todo de Jesus!...”

A 5 de Julho de 1982, o conselho de presbíteros de Braga enviou a João Paulo II uma carta a solicitar que autorizasse a abertura do processo canónico em ordem à beatificação e canonização. Foi aberto a 4 de Julho de 1983 e concluído a 9 de Outubro de 1987.
Consta de dois volumes, que o então postulador da causa, D. Gabriel de Sousa, entregou na Congregação para a Causa dos Santos, em Roma. Um, de 456 páginas, com as cartas pessoais de Frei Bernardo, o outro, com 562, tem testemunhos da sua virtude e fama de santidade 
O Decreto de validade do processo diocesano foi publicado no dia 17 de Junho de 1994
Até ao momento não são conhecidos outros desenvolvimentos do processo. "O que falta verdadeiramente, como outros que estão nas mesmas circunstâncias, é o milagre". Apesar de ter falecido antes dos trinta anos era "muito conhecido". Desde os tempos de Coimbra que "conseguia arrebatar muita gente". Depois, os fiéis continuaram a "pedir-lhe graças". Estas estão publicadas no boletim quadrimestral para "manter viva a chama sobre a devoção a ele" - frisou o Pe. Jorge Ferreira. 
Nas poesias, ele penetra muito bem no sentido "teológico-litúrgico dos sacramentos, doação e sacrifícios". Frei Bernardo Vasconcelos estava "fadado para dar a vida pelos outros". Mesmo vivendo pouco tempo, este monge beneditino bebeu muito rapidamente a regra de S. Bento sem esquecer a sua veia poética. "Não perdia tempo nenhum e colocava-se logo a escrever".
Desde então, numerosos peregrinos acorrem frequentemente ao túmulo de D. Bernardo, na freguesia onde nasceu. Invocam a sua intercessão e agradecem os favores que, por seu intermédio têm obtido.
O povo, porém, não esperou pela decisão da Igreja, e desde a sua morte começou a venerá-lo como «santo» e a peregrinar até à sua sepultura.
Mais recentemente, durante uma sessão comemorativa do 80º aniversário da morte de Frei Bernardo, o monsenhor Mário Rui de Oliveira, Juiz do Tribunal da Assinatura Apostólica e Postulador da Causa referiu que “este tipo de processos são longos, demorados e dispendiosos” e que a causa deste Servo de Deus Bernardo de Vasconcelos “está na posição 145 da lista de espera”, facto que significará “três ou quatro anos de espera”.

Busto de Frei Bernardo de Vasconcelos

Casa do Marvão em S. Romão do Corgo



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